sexta-feira, 28 de abril de 2017

Como foi a greve geral contra reformas de Temer em 28/04

Apenas parte da reportagem de EXAME.COM agora a noite. Fatimalis.


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Veja como está a situação nas principais capitais do país em dia de paralisações e manifestações

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Membro do MTST segura bandeira em bloqueio durante greve geral de 28/04 em Brasília (DF) (Ueslei Marcelino/Reuters)


São Paulo – O Brasil foi é palco, nesta sexta-feira (28/04), de uma  greve geral manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer. Veja como foram as paralisações e protestos pelo Brasil:

21h06 – Polícia começa a dispersar grupos de manifestantes em SP
Manifestantes que foram protestar perto da casa de Michel Temer começam a voltar para o Largo da Batata, em São Paulo. A Polícia Militar faz uma varredura na avenida Pedroso de Moraes para afastar grupos que ainda permanecem no local. Há bastante lixo e resíduos espalhados no caminho. As informações são do canal GloboNews.
20h43 – Choque e manifestantes entram em confronto em São Paulo
Segundo a Globonews, os PMs lançam gás e forte jatos de água. Manifestantes revidam jogando objetos, pedaços de garrafa, vidro, pedras e rojões. Temer está em Brasília.
20h20 –  Tropa de Choque se dirige a ato perto da casa do presidente Michel Temer
Policiais estão em confronto com manifestantes que marcharam do Largo da Batata até a casa do presidente. Há bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogênio. A tensão começou porque a polícia pediu a manifestantes que se afastassem do gradil, mas seu pedido foi negado. As informações são da GloboNews.
20h14 – Manifestantes estimam 70 mil pessoas no Largo da Batata
Em São Paulo, uma voz no carro de som do grupo que marcha do Largo da Batata até a casa do presidente Michel Temer afirma que há 70 mil presentes.
Segundo o repórter Victor Caputo, alguns manifestantes quebram comércios, principalmente agências bancárias. A Polícia Militar está apenas abrindo caminho , então há apenas manifestantes na parte de trás da marcha.
20h01 – Rio de Janeiro: Mais um grande tumulto interrompe ato na Cinelândia
Um novo conflito de grandes proporções interrompeu ato contra o governo federal que era promovido na Cinelândia (região central do Rio) por volta 18h55 desta sexta-feira (28). Para interromper a ação de pessoas que destruíam telefones públicos e incendiavam lixo, a PM lançou bombas de gás e tiros de balas de borracha contra a multidão. Jovens mascarados responderam lançando pedras e paus. Houve pânico e correria.
O tumulto deu continuidade a um dia violento na capital fluminense. Pelo menos cinco ônibus foram incendiados no centro da cidade: um na Cinelândia e quatro na Lapa.

19h39 – Temer diz que manterá reformas apesar das manifestações
Em nota divulgada no início desta noite, o presidente Michel Temer disse que manterá as reformas nas leis trabalhistas e na previdência social propostas por seu governo, que dispararam manifestações e greve geral em todo o país nesta sexta-feira.
“O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional”, escreveu o presidente.
19h16 –  SP: Grupo deixa o Largo da Batata e caminha até a casa de Michel Temer
Durante a marcha, as pessoas cantam como grito de guerra: “Ai, ai, ai, ai, ai, se empurrar o Temer cai” e “Olé, olé, olé, olé, fora Temer”.
Alguns bares com sacada estão cheios de garçons dançando ao som dos gritos contra Temer. Em um deles, um garçom está sacudindo uma camiseta vermelha enquanto pula.
Protesto do povo? O repórter Victor Caputo observa que ambulantes vendem cerveja “long neck” de marcas como Heineken e Eisenbahn. Não há apenas sindicalistas: também marcham muitos jovens estudantes de universidades como USP (Universidade de São Paulo) e Mackenzie. Um grupo pequeno e discreto mostra a bandeira do PT e há alguns balões do PCO. Algumas pessoas gritam que “protesto não é palanque”.
Manifestantes usam sinalizadores em ato contra reformas do governo Temer no Largo da Batata, em São Paulo
Manifestantes usam sinalizadores em ato contra reformas do governo Temer no Largo da Batata, em São Paulo (Victor Caputo/EXAME.com)
Manifestante segura bandeira do Brasil em protesto contra reformas em 28/04 (Victor Caputo/EXAME.com)


Algumas das mudanças propostas na Reforma Trabalhista do governo golpista de Michel Temer.



Entenda algumas das mudanças propostas na Reforma Trabalhista do governo golpista de Michel Temer. Entre os pontos abordados pelo projeto, estão a contratação de terceirizados, em todas as atividades da empresa, com salários menores, o fim do princípio de equiparação salarial para as mesmas funções na empresa e as jornadas de trabalho de até 12 horas seguidas, por 36 de descanso.

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A LUTA DOS POVOS INDÍGINAS



Líderes de comunidades das cinco regiões do país foram recebidos por parlamentares da bancada do PT na manhã desta quarta-feira (26), no Senado Federal.
O encontro ocorreu após a repressão policial ao ato indígena ocorrido na terça-feira (25) em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (DF).
Durante a reunião, que tratou da pauta de luta dos povos indígenas, as lideranças reforçaram que a principal reivindicação é a retomada imediata das demarcações de terra, que estão paradas há cerca de um ano e já vinham decrescendo com o tempo. 
Segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a média anual de homologações de terras caiu de 10, no governo Lula (2003-2010), para 3,6 durante o governo Dilma (2011-2015). Além disso, 348 territórios reivindicados pelas comunidades sequer entraram ainda na fila da Funai para serem submetidos a um estudo de avaliação. 
Na reunião, as lideranças também destacaram que a luta por direitos é uma constante e que as comunidades continuarão se mobilizando. “Nós não vamos recuar. O povo indígena sempre teve a resistência como uma marca, por isso nossa pauta seguirá adiante, independentemente de qual seja o governo”, disse a coordenadora da Associação dos Povos Indígenas no Brasil (Apib), Sônia Guajajara. 
A articulação das comunidades junto ao Congresso nesta semana integra as atividades do Acampamento Terra Livre 2017, que ocorre na capital federal até a próxima sexta (28).

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