quinta-feira, 14 de abril de 2016

Danças sagradas e transmutações metálicas

Os movimentos dançantes fazem parte da rotina das mais variadas espécies de animais quando se aproxima a época do acasalamento. Lembre-se dos exemplos da garça, da serpente cascavel, da ave-do-paraíso etc. Talvez por isso, a dança seja, eminentemente, sexual.
O VM Samael dizia que todas as atividades humanas estão imbuídas da troca de energia sexual. Historicamente é dito que nos ritos de fertilidade surgiram as primeiras manifestações da dança. Para nós, estudantes gnósticos, isso está claramente ligado às práticas tântricas realizadas nos antigos Templos de Mistérios.
Essas manifestações primordiais da Arte dos Movimentos Sagrados tinham como tema os grandes tesouros da sabedoria oculta: o dilúvio que afundou o continente atlante (presente em quase todos os mitos sobre a Criação e Manutenção do mundo); o trabalho como forma de punição aos homens, que depois da queda da Lemúria foi condenado a ganhar o próprio sustento; vida, morte e ressurreição; a descida ao inferno para salvar o irmão, amante ou filho… Tudo isso eram os temas das danças sagradas dos primeiros arianos.
A dança do ventre é uma dessas antigas danças, ou o que sobrou delas… Há uma identidade comum nas danças de alguns povos da África e Ásia, bem como entre os índios Canela e Gê do Brasil; já aquilo que é apresentado para turistas em alguns países do Oriente Médio não é mais que uma vaga recordação dessas danças primitivas, associadas à descoberta do amor sublime, aos movimentos sexuais, às dores do parto e à divina morte.
Nessas antigas formas de dança estavam também presentes as Máscaras, usadas como forma de proteção e roupagem cerimonial nas invocações teúrgicas.
No Egito iniciático, a Dança tinha caráter sagrado. Sua invenção era atribuída a Bes (conhecido nos rituais gnósticos como Bes-Na), um poderoso Deva da Natureza que usava pele de leopardo e protegia contra feitiçarias, além de facilitar o parto. A patrona da dança era Hathor, a Vaca Sagrada, símbolo da Mãe Divina.
Os Mistérios de Osíris, o “Cristo egípcio”, eram cantados e dançados no Templo. Os personagens usavam máscaras e executavam um gestual estipulado, sempre acompanhados de cantos e danças.
A dança como expressão e contato com o Sagrado esteve presente também entre os primeiros judeus e há alguns relatos bíblicos sobre essa arte esotérica: depois que Moisés, liderando o povo eleito, sai do Egito e atravessa o Mar Vermelho, ele e sua irmã Mirian dançam para agradecer ao Senhor dos Exércitos. Vemos também o rei Davi cantando e dançando quando a Arca da Aliança chega a Jerusalém.
Em obras ditas apócrifas vemos outras expressões da Dança Sagrada Circular, como no Livro Apócrifo de João, muito lido ainda pelos cristãos ortodoxos sírios e iraquianos, onde se lê que Jesus ordenava a seus 12 Apóstolos que se posicionassem em círculo, ao seu redor e de mãos dadas, e depois começassem a dançar e a rodopiar (à moda dos dervixes), enquanto Ele, o Cristo, entoava doces cânticos em louvor ao Altíssimo.
Existem muitas outras histórias mitológicas a respeito da dança… Reia salvou seu filho Zeus de ser morto por Cronos, o pai da criança, sapateando para abafar o choro da criança. Na ilha de Creta era possível materializar a Deusa Mãe fazendo-se uma dança circular que levava ao Êxtase.
Ainda na Grécia antiga, a viagem de Teseu pelo labirinto do Minotauro era celebrada com uma dança em que os jovens (rapazes e moças) ficavam em fila, de mãos dadas, e imitavam os movimentos de Teseu pelo labirinto da mente.
As touradas e os jogos de bola são expressões de antigas danças ritualísticas: o culto ao Deus que era ao mesmo tempo Pai e Mãe e à criação do Universo.
Todo o benefício de dançar é resumido no calor do corpo e na sublimação da energia sexual, conforme preconizada pelo VM Samael Aun Weor. Sublima-se a energia sexual não apenas com exercícios respiratórios, mas também com exercícios físicos moderados e desenvolvimento do sentido estético.
Tudo isso existe em muitos tipos de danças que, mesmo afastadas de suas origens primordiais, chegaram aos nossos dias, como é o caso das danças do ventre, flamenca, clássica, balé e danças regionais, como as escocesas e irlandesas (influenciadas pelos sábios templários fugidos das perseguições inquisitoriais).
Esse caráter sexual da dança é óbvio também nos cultos dionisíacos… Usando guirlandas de folhas de rinha e cobertas de peles de bode, as mulheres dançavam freneticamente até chegarem ao Êxtase. Durante o cortejo (isso na sua fase decadente, é óbvio), comiam carne crua e dilaceravam animais vivos para incorporarem a força divina. O clímax era o sacrifício de um bode.
Quando esse ritual ainda não estava degenerado, tais animais eram a representação simbólica de nossos defeitos animalescos sendo eliminados, então comia-se a carne, ou seja, a consciência era liberada a partir do fogo sexual, e o bode sacrificado era a supressão do desejo animal através da não ejaculação do sêmen, método pelo qual o fogo se transforma em luz e o alquimista transforma a paixão descontrolada em sublime amor e fogo.

Shiva Nataraja

O deus Shiva é a personificação da dança e das transformações, simbolizando a eterna mutação do universo, que consiste na cíclica destruição e criação. O processo cósmico é a morte e a ressurreição, a eterna renovação da vida. Dentro de nós mesmos, a ação de Shiva seria a de morrer para nosso velho mundo, nosso “querido” Ego, e renascer a um novo ciclo de consciência interior.
A dança tem por tema a atividade cósmica, a eterna transformação.
As cinco atividades divinas de Shiva são:
– a criação contínua do universo, originada no ritmo
– a conservação, baseada no equilíbrio e na medida dos movimentos
– a destruição das formas já superadas, mediante o fogo interior
– a eterna renovação
– a encarnação da vida.
Chama a atenção que o Deus da Dança, Shiva Nataraja, seja ao mesmo tempo o deus das Mudanças, o que implicaria que as mudanças são induzidas pela dança.
Shiva é representada com o pé direito esmagando um demônio, o que simboliza a vitória sobre as forças demoníacas da destruição, e o esquerdo no ar, representando o equilíbrio e o impulso de ascensão. A imagem possui quatro braços, com os quais realiza a criação e a destruição cíclica do mundo. Está rodeado por um círculo de fogo. A dança de Shiva é, portanto, um movimento que destrói para gerar o processo de criação. Inspirado nesta dança e em sua simbologia de transformação, foi elaborada a “Dança das Transformações”, que possui três atributos essenciais do movimento: Unidade, Equilíbrio e Harmonia.
Hoje em dia, os sagrados rituais de dança desapareceram do nosso mundo, e os poucos lugares onde ainda são praticados são de acesso muito difícil.
Mas ainda persiste no homem a necessidade de expressar suas emoções através dos movimentos e desta forma, a cada época, vemos predominar um estilo musical que traduz todo o sentimento daquela geração. A Biodança busca reacender assim, dentro de cada um, a chama sagrada da vida, resgatando, nas vivências de Danças Sagradas, o contato com as forças que regem o universo.
Gnosis

A Ave Fênix – Mito e simbologia

A lenda da Fênix relata a história de uma ave capaz de renascer das próprias cinzas. É um símbolo universal da morte e ressurreição, da imortalidade, do Sol e da nossa Chispa Divina.
O mito da Ave Fênix é retomado por místicos e literatos de todos os tempos, entre eles Dante Aliguieri e Quevedo.
Como se trata de uma história amplamente difundida no tempo e no espaço, aparece com diferentes versões. Na China, a ave sagrada toma o nome de Feng e representa a Grande Imperatriz (nossa Mãe Divina, ou seja, Deus Mãe dentro de todos nós); e pintada junto a um Dragão, simboliza a confraternidade inseparável.
No livro do grande místico sufi Farid Ud-Din Attar, A Linguagem dos Pássaros, inúmeras aves se reúnem para realizar uma peregrinação a um lugar sagrado para receberem a sabedoria e a iluminação do “pássaro dos pássaros”, o Simorg, que tem as mesmas características sagradas e eternas da Fênix.

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Também na Índia, aparece uma versão local do mito da Fênix: trata-se de uma ave que, ao atingir a idade de 500 anos, realiza uma autoimolação às vésperas da Primavera em um altar (feito de galhos e resinas de olíbano, mirra e outras plantas sagradas) que foi especialmente preparado para esse fim por um sacerdote. Porém, é a própria ave que acende o fogo.
No dia seguinte, dentre as cinzas, surge uma larva que logo se transforma em um pequeno filhote de uma ave. Em seguida, quando ela cresce, todos reconhecem nela a forma, o brilho e a beleza característicos da eterna Fênix. Porém, vê-se algo distinto em seus olhos e no brilho de suas penas: a Fênix ressuscitou mais bela, mais poderosa e mais grandiosa…
Na mitologia egípcia, tomada dos atlantes (pois o mito da Fênix é de origem atlante), essa ave toma o nome de Benú.
Do Egito para os árabes, e destes para os alquimistas e místicos medievais da Europa, a Fênix é muito utilizada dentro dos simbolismos da Alquimia, pois representa a criação da Pedra Filosofal através de um Fogo muito especial, saído do bafo da Fênix.
Efetivamente, a ave mitológica, na lenda medieval, vive em algum lugar misterioso da Arábia Feliz, porém voa para o Egito, a pátria da Alquimia, a fim de ela exercer o sacerdócio do “fogo sacrificial”. Nesta versião dos alquimistas medievais, trata-se de uma ave púrpura, ou vemelha, que ao envelhecer constrói uma pira de madeira resinosa e especiarias para jogar-se no meio desse ninho fatal.
Os raios do sol acendem o fogo e o místico pássaro aviva a chama, utilizando suas asas, batendo-as incessantemente até que o fogo a consuma totalmente. Logo, uma nova Fênix renasce das cinzas sobrantes do fogo.
Já na mitologia greco-romana, Hesíodo afirma que a Fênix vivia nove vezes mais do que um corvo. E o poeta Ovídio a resgatará em sua obra Metamorfoses. Muitos sábios gregos associavam tanto essa ave sagrada quanto a coruja com a deusa da Sabedoria Minerva.
No México antigo, a Fênix está sempre en companhia do grande avatar Quetzalcóatl, e para os primeiros cristãos simbolizava o próprio Cristo, que morreu e ressuscitou gloriosamente.
E até mesmo Plínio a incluirá em sua História Natural, descrevendo-a como uma grande águia que possui um colar dourado ao redor de seu colo, com corpo de cor púrpura e cauda azul com algumas plumas rosadas, a que ninguém jamais a viu alimentar-se. Plínio estimou sua longevidade em cerca de 500 anos.
Por sua parte, Isidoro de Sevilha descreverá a ave como muito longeva, com séculos de duração, e que quando se passam 500 anos ela constrói uma pira perfumada para imolar-se no fogo e logo renascer de suas cinzas.

Simbologia Gnóstica da Ave Fênix

É o símbolo da Resurreição na Eternidade, na qual a noite segue ao dia e o dia à noite. É também uma alusão aos ciclos periódicos de resurreição cósmica e reencarnação humana. Para os gnósticos gregos, a Fênix vive mil anos, e ao término dos quais, acendendo um fogo chamejante ela consome a si mesma. Renascida logo de suas cinzas, vive mais mil anos, e assim até sete vezes sete.
Essas “sete vezes sete”, ou 49 vezes, são uma transparente alegoria e uma alusão aos 49 Manus, às 7 Rondas, aos 49 níveis profundos da mente humana,e aos 49 ciclos humanos na Ronda verificada em cada Sistema de Globos. Na Alquimia Gnóstica, é o símbolo da Regeneração da Vida Universal. Pode, também, na sua simbologia invertida, representar o Eu Psicológico, que pode renascer em nossa mente.

A Ave Fênix
(Um conto infantil de Hans Christian Andersen)

No jardim do Paraíso, sob a Árvore da Sabedoria, crescia uma roseira. Em sua primeira rosa nasceu um pássaro. Seu voo era como um raio de luz, magníficas as suas cores, seu canto causava arroubo.



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Porém, quando Eva colheu o fruto da ciência do bem e do mal, e quando ela e Adão foram expulsos do Paraíso, da flamígera espada do anjo caiu uma chispa no ninho do pássaro e lhe ateou fogo. O animalzinho morreu abrasado, porém do avermelhado ovo saiu voando outra ave, única e sempre a mesma: a Ave Fênix.
Conta a lenda que faz seu ninho na Arábia, que a cada cem anos se dá morte abrasando-se em seu próprio ninho; e que do vermelho ovo sai uma nova Ave Fênix, a única no mundo.
O pássaro voa à nossa volta, brilhante como a luz, esplêndida de cores, magnífica em seu canto. Quando uma madre está sentada junto ao berço de seu filho, a Ave se acerca de seu travesseiro e, abrindo suas asas, traça uma auréola ao redor da cabeça da criança. Voa pelo sóbrio e humilde aposento e há resplendor de sol no quarto, e sobre o humilde cômodo exala um perfume de violetas.
Porém, a Ave Fênix não só a Ave da Arábia; irradia também os resplendores da Aurora Boreal sobre as geladas plansob as rochas cupríferas de Falun, nas minas de carvão da Inglaterra, voa como a mariposa sobre o devocionário nas mãos do piedoso trabalhador. Na folha do lótus desliza pelas águas sagradas do Ganges, e os olhos da donzela hindu se iluminam ao vê-la.
Ave Fênix! Não a conheces? A Ave do Paraíso, o cisne santo da canção? Ia no carro de Thespis na forma do corvo tagarela, agitando as asas pintadas de negro; a harpa do cantor da Islândia era pulsada pelo bico vermelho do cisne; pousada sobre o ombro de Shakespeare, adotaba a figura do corvo de Odin e lhe sussurrava ao ouvido: “Imortalidade!” Na festa dos cantores, revoava na sala de concursos de Wartburg.
Ave Fênix! Não a conheces? Te cantou a Marselhesa, e tu beijaste a pluma que se desprendeu de sua asa; veio em todo o esplendor paradisíaco e tu talvez deste as costas para contemplar o pardal que tinha enfeites dourados nas asas.
A Ave do Paraíso! Rejuvenescida a cada século, nascida dentre as chamas, entre as chamas mortas; tua imagem, marcada em ouro, posta-se nas salas dos ricos; tu mesma voas com frequência rumo à ventura, solitária, feita só de lenda: a Ave Fênix da Arábia.
No jardim do Paraíso, quando nasceste no seio da primeira rosa sob a Árvore da Sabedoria, Deus te beijou e te deu teu nome verdadeiro: Poesia!

A Ave de Minerva, por Samael Aun Weor

Agora já não podemos negar à humanidade a Chave dos poderes que divinizam. Com prazer vamos entregar a nossos discípulos a Chave milagrosa.
Pois bem, durante o transe de Magia Sexual vocalize-se este mantra:

JAO RI

Prolonga-se o som de cada vocal. E ordena-se à Ave Maravilhosa do Fogo que abra, que desenvolva o chacra do qual se necessite começar o desenvolvimento relacionado à faculdade que mais se esteja precisando.
Estejam seguros de que a Ave de Minerva trabalhará sobre o chacra, disco ou roda magnética sobre a qual receba ordens supremas.
É evidente e positivo que essas faculdades não se desenvolvem instantaneamente. Mas, a Ave de Minerva despertará! E se se continuar com a prática, diariamente, essa Ave, essa sagrada Quetzal, desenvolverá a faculdade ordenada e ambicionada de forma absoluta. O importante é perseverar, não se cansar, praticar diariamente com intensidade fervorosa.
A ave milagrosa do Fogo proporciona a Chave para projetar o Fogo da Kundalini à distância e ajudar, assim, aos doentes, ou a projetar a qualquer chacra do corpo astral do estudante esotérico. Alguns estudantes projetarão seu Fogo ao chacra prostático com o fim de adquirir poderes de sair conscientemente em Corpo Astral.
Outros o farão para o chacra frontal para despertar a clarividência. Outros o farão para o chacra da laringe que lhes conferirá o poder de ouvir o Ultra. Este chacra facilita ao iogue conservar seu corpo físico vivo e perfeitamente são ainda nas Noites Cósmicas. Outros projetarão a Ave Minerva ao plexo solar, o qual capacita a permanecer horas inteiras no fogo sem sequeimar.
Alguns estudantes enviarão a Ave Maravilhosa ao chacra do coração que conferirá poder sobre o furacão, os ventos, etc. Também se pode remeter a Ave Minerva ao chacra das mil pétalas situados na parte superior do crânio. Tal chacra proporciona a intuição, a polividência, a visão intuitiva e o poder de sair do corpo físico conscientemente no Espírito, no Íntimo, sem veículos de nenhuma espécie.
Também se pode lançar a Ave Minerva sobre os átomos do corpo físico e lhe ordenar a preparação de tal corpo para os estados de “Jinas”.
Todos temos de aprender a projetar o Fogo a qualquer rincão do Universo e a qualquer chacra do organismo! Assim, todos despertarão seus poderes internos… Não basta acender o Fogo: terá que se aprender a dirigi-lo inteligentemente para trabalhar na Grande Obra.

Samael Aun Weor, Logos, Mantra e Teurgia


Lenda da rosa azul

Existem muitas lendas que envolvem a rosa azul, uma delas conta que um sultão tinha uma filha, bela, formosa, porém teimosa. Já em idade de se casar, a jovem princesa insistia em não escolher nenhum pretendente para ser seu marido, porém o sultão insistia. A jovem bela e formosa para se livrar da insistência do pai, decidiu que só se casaria com o pretendente que lhe trouxesse uma linda rosa azul. O sultão espalhou então o decreto pela cidade, de que aquele que trouxesse a mais bela rosa azul, teria a honra de se tornar esposo de sua filha, a linda e teimosa princesa.
Muitos se entusiasmaram, porém encontrar uma rosa azul, era uma missão praticamente impossível. Um jovem nobre, pensou em impressionar a linda princesa esculpindo numa bela safira a figura de um rosa, porém foi rejeitado e expulso do palácio do sultão, a princesa queria uma rosa verdadeira e não um objeto inanimado que representasse uma rosa azul.
Um espertalhão que vivia a vida a cometer furtos pela cidade, ao saber do decreto do sultão e do desejo da princesa em se casar somente com um pretendente que lhe trouxesse uma verdadeira rosa azul, valeu-se de sua esperteza e foi consultar uma velha bruxa eremita que vivia distante da cidade. A velha senhora ensinou-lhe então que ele deveria pegar uma rosa branca e coloca-la num copo com água e um pigmento azul, e esperasse até o dia seguinte. Assim foi feito, o espertalhão, agiu como a velha bruxa lhe recomendou e na manhã seguinte, tinha a tão falada rosa azul. Correu ao palácio e apresentou o feito ao sultão, que entusiasmado correu para a filha e mostrou a tal rosa azul. A princesa como era muito inteligente esmagou as pétalas e disse ao pai que aquilo era um embuste e que aquela rosa era na verdade branca, e que o pretendente havia apenas colorido as pétalas de forma artificial.
Desolado o sultão já não sabia mais o que fazer. Quando um belo dia de seu quarto, a jovem princesa ouve um bardo a cantarolar as mais belas melodias;  o encantamento foi tão grande que a jovem o convida para subir até a sua varanda e lá permanecem um bom tempo juntos a cantarem, trocarem poesias, etc. O amor nasce entre os dois, e ao fim da conversa a princesa pergunta-lhe se ele aceitava se casar com ela?! Ele imediatamente aceita, porém a princesa o lembra de que havia feito uma exigência ao sultão, de que só se casaria se fosse com um jovem que lhe trouxesse a tal rosa azul, e que portanto não poderia voltar atrás no que havia dito.  O jovem bardo não se afligiu e disse, não se preocupe, amanhã tratei a bela rosa azul.

No dia seguinte, o jovem bardo, surge no palácio com uma bonita rosa cor-de-rosa, mostra ao sultão e diz que aquele é a mais bela rosa azul que havia encontrado para oferecer à princesa, o sultão espantado lhe diz que aquilo era uma rosa cor-de-rosa e que a princesa não iria aceitar; mas que iria apresenta-la na mesma.
O sultão segue para o quarto da filha, e lhe diz que um jovem bardo lhe havia trazido a tal sonhada rosa azul, mas que ele, o sultão, não via isso, o que ele via na verdade era uma rosa cor-de-rosa. A princesa (apaixonada) e muito inteligente, ao ver a rosa cor-de-rosa, exclama estupefata que jamais supunha que uma rosa azul fosse assim tão linda e que se casaria com o jovem bardo, já que ele foi o único a conseguir encontrar a tal rosa “azul”.